... o meu verso tem medo do vazio;
do escuro
do medo.
fica escondido debaixo
de coisa que o caiba.
com o rabo de fora
terça-feira, 11 de setembro de 2012
no oitavo andar sempre cabe poesia
poema roubado do "8 poetas" -
Passagem
Chega de namoro, Leitores.
Agora estamos quites.
O teu desdém é o meu,
o meu verso não tem mais medo
de gavetas vazias.
O mistério
não está na tua leitura,
mas na paixão
do nosso jogo frio.
Habito, procuro as palavras
e por elas já sou habitado.
Não sou, não és:
Elas são.
Conjugar este verbo
é todo o nosso domínio.
E estamos cada vez mais distante de nós
mesmos
Estamos cercados,
ilhados como uma flor
de cacto
no parapeito da janela do oitavo andar
deserto.
[Adriano Alves]
Passagem
Chega de namoro, Leitores.
Agora estamos quites.
O teu desdém é o meu,
o meu verso não tem mais medo
de gavetas vazias.
O mistério
não está na tua leitura,
mas na paixão
do nosso jogo frio.
Habito, procuro as palavras
e por elas já sou habitado.
Não sou, não és:
Elas são.
Conjugar este verbo
é todo o nosso domínio.
E estamos cada vez mais distante de nós
mesmos
Estamos cercados,
ilhados como uma flor
de cacto
no parapeito da janela do oitavo andar
deserto.
[Adriano Alves]
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